terça-feira, 5 de abril de 2011

Se o patrício Hama Thay é "SMUGGLER", posso ser "DRUG KINGPIN"?

Acontece em Inhambane, mais precisamente em Vilankulos. Primeiro contou-me o meu amigo Cremildo Churane, jovem cientista político com carimbo da UFICS e ficcionista que no futuro vai ganhar muitos prémios literários ao aliar a sua veia de jornalista a de escritor, embora nao revelado em ambas as facetas. Depois confirmaram os meus outros amigos da ZN: O B Original, o Naldo e o Skools B Free.


Contou-me, o mon vieux (meu velho compincha) que em Vilankulos há um bar designado assim mesmo: SMUGGLERS. Ora, porque tanto eu como ele lidamos com a língua inglesa assim com a mesma facilidade com que o mocambicano bebe dózemi, percebemos logo que os donos do business se assumem, em termos de designacao como CONTRABANDISTAS.


O meu instinto jornalístico fez-me desconfiar que aquele bar ou complexo turístico nao podia ter sido estabelecido sem registo comercial, sem que se constituisse uma sociedade ou empresa ou companhia por detrás dele.


Fui, por isso, a base de dados da Pandora Box Limitada e achei isto:


Nome da Entidade: Smugglers Vilankulos, Limitada


Anúncio de : Constituição de sociedade por quotas Publicado em: BR nº 11, III Série de 15 de Março de 2000 - pág. 264


Sócios pessoas:

Wayne Michael Grant

Sean Grant

Brett Holloway

Stephen Parkes

António Hama Thay


Capital : Duzentos milhões de meticais

Objecto social: Exploração da actividade hoteleira com exportação e importação de bens de consumo, exploração de restaurantes e bar, salão de discoteca e dancing, centros de recreação para turistas. Exercício da actividade comercial, com importação e exportação de bens diversos, transportes, quer de passageiros quer de carga, comércio de compra e venda de automóveis com representação e ou consignação de marcas, bem como actividade imobiliária.

Lugar da sede : Maputo - Maputo

Data da escritura : 02 de Julho de 1999

Local e data de assinatura : Maputo, 09 de Fevereiro de 2000


Fiquei cá com umas ideias. Se uns investidores estrangeiros e o nosso patrício António Hama Thay (será o camarada general frelimista que disse que temos de ter cuidado com a juventude, porque ela pode vender o país?) podem abrir um negócio dessa natureza toda conforme o seu objectivo social e se declararem CONTRABANDISTAS, será que posso abrir um negócio de venda de pó de talco de bebé, de import & export, venda e comercializacao de fármacos, medicamentos e outros e me registar como DRUG KINGPIN?

Ou posso registar o meu business com o brand name de TAX EVADER, MOB BOSS, MAFIA INC.?


Acho que nao preciso traduzir o que significa, em portugues, DRUG KINGPIN...


Legalistas, juristas, comercialistas: quid juris?

3 comentários:

  1. Eish tiozinho,nao aguentei.esse hama thai eh mesmo um...mas smuggler??
    Jah agora vou abrir uma imobiliaria com o nome de HUSTLER'S EMPIRE.eh eh.
    Os contrabandistas eh k ja venderam o pais, o proprio hama tay faz assuncao desse facto com o seu empreendimento.

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  2. hehehe, Yanick, é isso mesmo sobrinho. Cria aí teu HUSTLER's EMPIRE. Se o Hama Thay pode, nos também podemos...

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  3. Hehehehe...
    Agora a coisa está mais formalizada! Com escrituras, BRs e tudo meu Deus! E o wikileaks num tinha razão? E os tantos contentores com brinquedos são só diversão... Moçambique é mesmo país do Xigubo, marabenta é favor!!!

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